Os programadores presentes no evento da Google mostraram-se satisfeitos com o potencial demonstrado pela plataforma. Free Beachler, dono da Longevity Software e programador de Web, afirmou que demorou algum tempo a conseguir usar a plataforma, mas considera que depois de estar familiarizado, é possível verificar que está organizada de forma lógica e de fácil utilização. Rob Mickle, responsável pela área de ciência computacional da Universidade do Colorado, concordou com Beachler, e afirmou que conseguiu desenvolver a Fingerprint, uma aplicação colaborativa de desenho em cinco meses. Por isso foi seleccionado para o Top 50 no desafio Android Developer Challenge.
“Não considerando as funcionalidades nos telefones de alta gama, a Android tem potencial para chegar a mais pessoas do que a plataforma do iPhone”, disse Atif Iqbal Chaudhry, estudante da Cornell University em Nova Iorque. A plataforma pode ser estendida a telemóveis mais baratos e fornecer a mesma capacidade, chegando a um maior número de consumidores, de acordo com o estudante.
A versão apresentada durante o evento sugeriu comparações com o SDK do iPhone da Apple, por apresentar ícones coloridos e barras que podem ser movidas em qualquer aplicação sempre que se quer visualizar mensagens. Essa barra pode servir para orientar os mapas de localização, conforme o local para onde o utilizador está virado, segundo o fabricante. A Google aproveitou ainda para demonstrar que com o Google Maps Street View é possível visualizar a imagem para a qual o utilizador está a olhar – com informações de nomes de ruas e moradas patentes no mapa.
Os programadores vão conseguir modificar os elementos centrais da interface e fazer as substituições que acharem necessárias, até mesmo os widgets das interfaces iniciais podem ser personalizados – o que significa que os programadores podem controlar a sua experiência através do download das versões dos fornecedores de terceiras partes que mais preferirem, segundo Jason Chen, responsável pelo apoio aos programadores da Google.
A Google espera que os primeiros dispositivos baseados na plataforma cheguem ao mercado na segunda metade deste ano, afirmando que só disponibilizará o software da plataforma aos programadores depois disso, para que qualquer pessoa consiga criar a sua própria plataforma móvel. Os elementos centrais da plataforma serão lançados com o aval da licença de open source Apache. Antes de a plataforma estar terminada, a plataforma e a documentação disponível será apenas em inglês.
Google Apps pago após os 500 MB de dados armazenados
A Google anunciou ainda o modelo de cobrança pelo motor Google Apps: vai manter o modelo de fornecimento do serviço gratuito, cobrando apenas quando o armazenamento ultrapassar os 500MB de dados. Depois disso, os programadores vão pagar 0,15 a 0,18 dólares por GB de dados armazenados por mês, de acordo com a Google.
Além disso, serão cobrados 0,10 a 0,12 dólares por CPU e por hora de consumo. No que diz respeito à largura de banda, os programadores vão ter de pagar 0,11 a 0,13 dólares por mês por GB de dados transferidos da Google Apps e 0,9 dólares a 0,11 dólares por GB de dados transferidos para a Google Apps. “Com a App Engine tencionamos fazer com que o processo de criação de uma aplicação Web não seja tão difícil, queremos reduzir a complexidade, melhorar e reduzir os custos iniciais”, disse Pete Koomen, gestor de produto da App Engine da Google. A App Engine pode ser usada por qualquer pessoa, fazendo com que o número de programadores na lista de espera do produto chegue neste momento aos 150 mil, de acordo com a Google.
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