WASHINGTON - A Força Aérea dos Estados Unidos admitiu que o Google Earth é um fator de perigo para a segurança interna.
O chefe de inteligência e vigilância da Força Aérea dos Estados Unidos, brigadeiro David Deptula, disse que dados disponíveis em softwares de mapas online, como o Google Earth, representam um perigo, mas não podem ser eliminados.
"Falar em perigo é, se me permitem, irrelevante, porque está aí", disse Deptula, que é subchefe do Estado-Maior para inteligência, vigilância e reconhecimento. "Ninguém vai desfazer as imagens comerciais de satélites", disse ele a jornalistas em Washington.
O Google Earth, citado por Deptula, dá ao internauta a possibilidade de ver a Terra do ponto de vista de um astronauta e fazer uma aproximação até o nível de ruas. Com isso, segundo ele, praticamente qualquer um pode ver imagens de qualquer lugar do mundo.
"Isso é algo que era um segredo estritamente guardado há não muito tempo, e agora todo mundo pode acessar", afirmou.
Deptula disse desconhecer tentativas dos militares de imporem restrições ou "blecautes" de imagem em algumas áreas. "Não quero falar de coisas especificas, mas não estou ciente", afirmou.
O que os governos podem, declarou o brigadeiro, sem dar detalhes, é mitigar os efeitos com camuflagens e outros métodos para esconder lugares.
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