Setor de tecnologia impulsiona e Bolsas nos EUA têm forte alta

da France Presse, em Nova York
com Reuters

As ações de empresas norte-americanas subiram, o dólar se recuperou e a cotação do petróleo recuou na quinta-feira, acalmando o medo da inflação e estimulando o apetite dos investidores por movimentos mais arriscados, como as subvalorizadas ações do setor de tecnologia.

O índice industrial Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, avançou 1,48%, fechando a 13.010 unidades, enquanto o índice tecnológico Nasdaq ganhou 2,81%, a 2.480,71 pontos. O índice Standard&Poor's 500 teve alta de 1,71%, fechando a 1.409,34.

As altas ocorrem um dia depois de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) ter recuado os juros em 0,25 ponto percentual, atualmente em 2% ao ano.

Contribuíram de forma decisiva para a alta do Dow Jones os papéis da companhia da American Express (6,89%), do Citigroup (4,12%) e do Bank of America (4,93%), entre outros valores.

Também avançaram nesse índice os títulos da Home Depot (3,72%), depois de a companhia ter anunciado o fechamento de 15 lojas nos Estados Unidos e a eliminação de cerca de 1.300 postos de trabalho.

No Nasdaq, destacaram-se os títulos da Research in Motion (5,24%), fabricante do popular BlackBerry, da Oracle (4,65%) e do Google (3,27%), entre outros valores.

As ações da Apple subiram 3,48%, após a empresa chegar a um acordo com os principais estúdios independentes e de Hollywood para começar a vender filmes na internet por meio do iTunes.

Os investidores mostraram alívio pela queda dos preços do petróleo. O preço do barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) caiu hoje quase US$ 1 e está em torno de US$ 112 em Nova York, em um dia de fortalecimento do dólar e fim da greve na Nigéria que havia prejudicado a produção nesse país.

Também contribuíram para o otimismo em Wall Street os dados da atividade do setor manufatureiro nos EUA. O setor apresentou contração em abril pelo terceiro mês consecutivo, ficando em 48,6 pontos, acima dos 48 esperados por analistas.

Segundo o Departamento do Comércio, os gastos com consumo pessoal cresceram 0,4%, na comparação com fevereiro. Analistas previam alta de 0,2% para os gastos. Enquanto isso, a renda cresceu com uma intensidade menor e os índices de inflação avançaram. A renda dos americanos cresceu 0,3%, com ajuste sazonal, em março, em linha com a previsão dos analistas de incremento de 0,3%.

O índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,3% em março, na comparação com fevereiro, após aceleração de 0,1% de fevereiro. Na comparação com março de 2007, o PCE se desacelerou, para uma alta de 3,2%, abaixo da taxa de 3,4% de fevereiro, ante fevereiro de 2007.

Também foi divulgado hoje o balanço da semana passada sobre pedidos iniciais de seguro-desemprego, que registraram alta acima do esperado e subiram em 35 mil, totalizando 380 mil na semana passada, ante taxa de 360 mil esperada por analistas.

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